domingo, 9 de janeiro de 2011

forgetting

Dizem que para curar certas feridas, é necessários esquecê-las. Apagá-las de nossas mentes.
Me disseram isso há muito tempo atrás. E eu tentei. Realmente, todas essas feridas cicatrizaram e fecharam, e agora, é como se nunca tivessem existido.
Existem fatos sem importância que esquecemos, coisas, lugares. Esses fatos são fáceis de se esquecer.
Agora, existem aquelas feridas, que quando são feitas, causam uma hemorragia. E depois disso, infeccionam, e o tempo todo você as sente e se lembra delas. É difícil esquecê-las, perdoá-las. Mas nós conseguimos, com um certo esforço. Mas é difícil. Sofremos muito durante o processo, pois além da dor, dói a perda, o cansaço, a exaustão das tentativas. E depois disso, nos recuperamos, mas sempre deixamos um pedaço para trás.
Mas existem coisas que não queremos esquecer, mas nos esquecemos. Memórias que se perdem em meio ao vento. Fatos importantes que são esquecidos para dar lugar a novos compromissos, responsabilidades.
Mas nós nos esquecemos de tudo, tiramos o velho, para dar lugar ao novo. Esquecemos sem querer, e depois disso, perdemos lembranças que não queríamos perder. Nomes, pessoas, lugares, parentes, presentes... Tudo isso se perde em meio a turbulência da vida. Fica pra trás...
Agora dói em meu peito saber, que com você também será assim. Viveremos um conto de fadas, para no final, nos esquecermos um do outro, e seguirmos caminhos diferentes sem ao menos se lembrar de que algum dia no passado, houve um "nós".

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